O que é a Lei de Liberdade de Informação (FOIA)?
A Lei de Liberdade de Informação (FOIA) é uma lei dos Estados Unidos implementada em 1966 que concede aos indivíduos o direito de acessar informações mantidas por agências governamentais ou autoridades públicas. Sujeita a certas exceções, foi projetada para promover a transparência e a responsabilidade, permitindo que o público solicite e receba informações e registros de agências federais sobre as atividades de seu governo.
As exceções à Lei de Liberdade de Informação incluem segurança nacional, privacidade pessoal, segredos comerciais, informações comercialmente sensíveis, privilégio advogado-cliente e dados geológicos e geofísicos.
Sistemas de gerenciamento de conteúdo empresarial (ECM) são ferramentas de gerenciamento de documentos que ajudam as empresas a armazenar e supervisionar uma ampla gama de conteúdos, incluindo arquivos e mídias. Organizações que recebem solicitações de FOIA têm encontrado sucesso usando esses tipos de plataformas ECM.
A história da Lei de Liberdade de Informação
A Lei de Liberdade de Informação foi assinada pela primeira vez pelo Presidente Lyndon B. Johnson em 4 de julho de 1966. Modificações significativas foram feitas na lei em 1974 sob a administração Ford devido ao aumento do escrutínio público das operações governamentais após o escândalo Watergate.
Em 1986, ocorreram grandes mudanças abordando prazos de prescrição para solicitações de FOIA, juros sobre honorários advocatícios e disponibilidade de honorários advocatícios. Essas mudanças foram feitas sob as Emendas Eletrônicas da Lei de Liberdade de Informação, que removeram a exigência de que os solicitantes demonstrassem uma necessidade pública para os documentos solicitados. Em vez disso, o ônus da prova foi colocado sobre o governo para afirmar uma isenção estatutária.
Em 1996, a FOIA foi emendada para lidar com divulgações discricionárias. Isso foi feito porque as pessoas achavam que o escopo das divulgações poderia prejudicar informações comerciais, privacidade pessoal e taxas cobradas dos solicitantes.
Benefícios da Lei de Liberdade de Informação
A FOIA incentiva a responsabilidade no governo, levando a uma relação mais saudável entre o público e os funcionários eleitos. Outros benefícios incluem:
- Tomada de decisão informada. A FOIA capacita jornalistas, pesquisadores, organizações e todos os cidadãos privados a obter as informações e documentação necessárias para tomar decisões informadas. Ter todos os fatos, insights e dados para entender melhor as políticas e ações do governo também permite um discurso público informado.
- Responsabilidade governamental. A Lei de Liberdade de Informação responsabiliza as agências governamentais e promove uma supervisão eficaz. Grupos públicos e de defesa têm acesso a informações governamentais, tornando possível revisar e escrutinar a atividade governamental e garantir que os padrões éticos sejam mantidos.
- Suporte ao jornalismo investigativo. A FOIA desempenha um papel vital no jornalismo investigativo e na reportagem de interesse público. Jornalistas usam essas solicitações para obter registros, documentos e dados sobre atividades governamentais, questões de interesse público e escândalos. Jornalistas confiam na FOIA para descobrir e relatar questões que mais importam.
- Transparência aprimorada. A FOIA promove a transparência ao fornecer ao público acesso a informações governamentais. Os indivíduos também podem monitorar as ações das agências governamentais, responsabilizando-as e promovendo a confiança entre o governo e os cidadãos dos EUA.
- Acesso facilitado para acadêmicos. Pesquisadores e acadêmicos também têm acesso a dados, estudos e relatórios governamentais por meio da FOIA. Isso promove pesquisas baseadas em evidências e enriquece o discurso acadêmico.
- Engajamento cidadão empoderado. A FOIA capacita os cidadãos a visualizar informações governamentais, expressar suas preocupações, engajar-se em debates públicos e participar de processos democráticos.
Fazendo uma solicitação de Lei de Liberdade de Informação
Os indivíduos devem seguir um processo específico para obter informações por meio da FOIA.
Normalmente, uma solicitação por escrito para informações específicas é enviada à agência governamental relevante. Ao solicitar, é importante fornecer informações precisas para ajudar a agência a encontrar os registros e arquivos necessários.
A agência deve responder dentro de um prazo designado, fornecendo as informações desejadas ou citando os motivos da recusa.
Submissões claras e detalhadas melhoram as chances de obter registros. Alguns detalhes necessários para uma solicitação estão abaixo.
- Identificação: Nome completo do solicitante, informações de contato (endereço, número de telefone e e-mail).
- Descrição dos registros: Uma descrição detalhada dos documentos desejados.
- Preferência de formato: Indicação do formato escolhido para receber os registros, geralmente uma cópia física, arquivos eletrônicos ou anexos de e-mail.
- Solicitação de isenção ou redução de taxas: Explicação para solicitar uma isenção ou redução nas taxas potenciais.
- Limite pessoal de taxas: As taxas máximas que o solicitante está disposto a pagar. Também é possível solicitar que a agência envie uma confirmação das taxas estimadas se elas excederem o limite declarado.
- Preferências de contato: O método preferido de comunicação (e-mail, telefone ou correio) para atualizações relacionadas à solicitação. Isso também pode incluir se o solicitante gostaria de ser notificado de quaisquer atrasos na solicitação.
- Assinatura: Assinatura e data da solicitação de FOIA.
Dica: Envie uma solicitação de Lei de Liberdade de Informação online aqui.
Exemplos de casos de FOIA
Casos marcantes de FOIA desempenharam um papel crucial na formação de sua interpretação e implementação. Quatro exemplos notáveis de casos significativos e seu impacto são discutidos aqui.
- Os Estados Unidos v. Nixon (1974): Este caso envolveu o Presidente Richard Nixon e sua tentativa de reter fitas incriminatórias da Casa Branca durante o escândalo Watergate. A Suprema Corte decidiu que o privilégio executivo não se estende para cobrir evidências de atos criminosos. Sua decisão reafirmou o princípio de que a FOIA pode ser usada para acessar informações mesmo dos mais altos níveis do governo.
- A Agência de Proteção Ambiental v. Mink: Em 1973, a Representante Patsy Mink solicitou informações à Agência de Proteção Ambiental (EPA) sobre a produção de certos produtos químicos. A EPA negou seu pedido, citando preocupações sobre segredos comerciais da indústria. Mink entrou com uma ação judicial, e o caso eventualmente chegou à Suprema Corte. Em uma decisão unânime, o Tribunal decidiu que os requisitos de divulgação sob a FOIA eram bastante amplos, com poucas exceções.
- O Departamento do Interior v. Associação de Usuários de Água de Klamath: Uma disputa entre uma associação de água e o Departamento do Interior sobre informações relacionadas à Lei de Espécies Ameaçadas estava no centro deste caso de 2001. A Suprema Corte decidiu que apenas porque a informação pode aumentar marginalmente a compreensão do público não significa que ela está protegida como parte do processo deliberativo. Esta decisão ajudou a esclarecer as circunstâncias sob as quais certos documentos de agências podem ser retidos de divulgação sob a FOIA.
- The New York Times Co. v. os Estados Unidos (1971): Comumente conhecido como o caso dos Documentos do Pentágono, focou na publicação de documentos classificados relacionados à Guerra do Vietnã. A Suprema Corte decidiu que a tentativa do governo de restringir a publicação violava a Primeira Emenda, enfatizando a importância de uma imprensa livre e o direito do público de acessar informações. O caso destacou o papel da FOIA na promoção da transparência e responsabilidade governamental.
A influência global da Lei de Liberdade de Informação
A influência da FOIA se espalhou globalmente, levando à adoção de leis semelhantes em vários países ao redor do mundo. As leis promovem a transparência, a responsabilidade e o acesso público a informações governamentais. Leia sobre esses exemplos de países que implementaram legislação semelhante.
- Reino Unido: A Lei de Liberdade de Informação de 2000 se aplica a autoridades públicas no Reino Unido e concede aos indivíduos o direito de acessar informações mantidas por essas entidades.
- Canadá: A Lei de Acesso à Informação de 1993 permite que cidadãos e residentes canadenses solicitem acesso a registros mantidos por instituições governamentais federais.
- Austrália: A Lei de Liberdade de Informação de 1982 permite que indivíduos acessem documentos mantidos por agências governamentais australianas.
- África do Sul: A Lei de Promoção de Acesso à Informação de 2000 (PAIA) concede aos indivíduos o direito de acessar informações mantidas por órgãos públicos e privados
- Índia: A Lei de Direito à Informação de 2005 estabelece um quadro para que os cidadãos acessem informações mantidas por autoridades públicas nos níveis central, estadual e local.
- Nova Zelândia: A Lei de Informação Oficial de 1982 permite que indivíduos solicitem informações de departamentos governamentais, agências e empresas estatais.
- Suécia: O Princípio de Acesso Público a Documentos Oficiais, conhecido como Offentlighetsprincipen, garante aos cidadãos o direito de acessar documentos oficiais mantidos por autoridades públicas suecas.
- México: A Lei Federal de Transparência e Acesso à Informação Pública Governamental e várias leis de transparência em nível estadual, aprovadas em 2016, fornecem mecanismos para adquirir informações governamentais.
- Brasil: A Lei de Acesso à Informação de 2011 estabelece procedimentos para que os cidadãos solicitem informações.
- Japão: A Lei de Acesso à Informação Mantida por Órgãos Administrativos de 2001 permite que indivíduos solicitem registros governamentais.
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Mara Calvello
Mara Calvello is a Content and Communications Manager at G2. She received her Bachelor of Arts degree from Elmhurst College (now Elmhurst University). Mara writes content highlighting G2 newsroom events and customer marketing case studies, while also focusing on social media and communications for G2. She previously wrote content to support our G2 Tea newsletter, as well as categories on artificial intelligence, natural language understanding (NLU), AI code generation, synthetic data, and more. In her spare time, she's out exploring with her rescue dog Zeke or enjoying a good book.